TROPA DE ELITE

TROPA DE ELITE



Um filme, uma ficção. O filme de José Padilha mostra ações policiais que só existem na psique dele. Policial não foi treinado para a prática de tanta violência, e sim para ter um contato amistoso com a sociedade. A cultura atual de nosso povo, atualmente não permite que as polícias ajam assim. Está explícita a idéia de a maioria da população se diverte com a exacerbação deste mal. O jornalista Waldyr Nader diz: até prova em contrário, Tropa de Elite, filme de José Padilha que promete permanecer em cartaz nos cinemas brasileiros por bons meses, possui tudo que encanta a maioria dos freqüentadores de shoppings e não necessariamente outros: a violência pela violência, o som, para não dizer a trilha sonora, ensurdecedor e, pior, a conclusão, discutível, de a ação da polícia, no caso celebrizada pelo Batalhão de Operações Especiais(Bope), do Rio de Janeiro, é uma fatalidade que merece o reconhecimento das pessoas de bem. Polícia não combina com violência, seja ela qual for. As Polícias foram criadas para Segurança Interna da nação brasileira. A política de determinados governantes é que mudou a feição. E o cineasta na sua estupidez diz: “Sim, se a cartilha recomenda isso, por que não segui-la? Nada a ver com ideologia, afirmou e repetiu ele em entrevistas em vários momentos e em vários lugares.” Criaram a figura de um capitão Nascimento que virou mito para uma determinada camada da população. A violência é fruto de vários fatores que instigam a sociedade. É de bom alvitre que a população mereça uma polícia cidadã, que conviva fraternalmente com a sociedade a que ela pertence, mas infelizmente não estamos preparados para tal mister. E para alcançarmos essa condição ainda vamos sofrer muito, visto que o pensamente reinante no Brasil é da locupletação.
Os policias trabalham como pode, sofrendo as conseqüências das irresponsabilidades governamentais, com salários baixos e sem vocação para o serviço, pois ser policial hoje é a última opção de emprego. Temos policiais abnegados, amam a profissão que exercem com o sacrifício da própria vida. Os que agem assim são verdadeiros guardiões da sociedade. Lastreado nessa observação vamos inserir uma história assaz inusitada, e que merece grande reflexão. Na nossa visão a questão metodológica é fazer uma homenagem justa na figura de um policial que é submetido a um julgamento final. De autor desconhecido, porém muita oportuna. Julgamento final de um policial – O policial colocou-se de pé e ficou diante de deus, pronto para a última inspeção pelo qual teria que passar, apresentando-se com a fivela do cinto, distintivo de metal e seus coturnos com brilho impecável. – Disse Deus: “um passo a frente policial”; como deverei julgá-lo? Foste fiel à Igreja? Deste o outro lado de tua face ao inimigo? Abençoastes teu irmão?” O policial tomando posição de sentido responde. Não! Não Senhor! Nós que andamos fardados ou não, nem sempre podemos exteriorizar nossos sentimentos. Na maioria dos domingos, cumpria alguma escala de serviço e na Igreja não ia Senhor... em muitos momentos falei de modo impuro... Houve muitas vezes em que fui violento, mas entende Senhor... meu mundo é muito duro! Nunca peguei um tostão que por direito não fosse meu. E quando mais uma conta acumulava aos trabalhos extras em me dedicava, e de minha família me afastava... Senhor Deus, sei que eis Pai, é fiel, sei que me perdoa, pois chorei por coisa a toa, por problemas que não era meus, por pessoas que se quer conheci, mas o choro foi de emoção e de gratidão, me flagrava emocionado, queria um mundo melhor a todos sem distinção.
Reconheço que não mereço está na Tua glória; errei muito e bem sei que vários dos que aí já estão jamais me quiseram por perto, a não ser quando estavam com algum problema, e eu incondicionalmente estava pronto para ajudá-los. Se tiver um lugar para mim, agradeço de coração e luxo não preciso não. E caso não haja nenhum, saberei entender a Tua verdade. Antes de sua decisão amado Deus, rogo ao Senhor para que vigie com carinho e cuidado com aqueles - que lá deixei, pois são pessoas que amo, e que não mais poderei proteger. Um silêncio absoluto paira ao redor do trono onde Anjos perambulavam... O policial, portando-se, espera o veredicto do Senhor... ”Teu corpo me serviu com alma e coração... Amor, sentimento e dedicação...” - tu sempre foste escudo para o próximo... “Viveu em prol da vida...” Portanto, vá e anda em paz pelo paraíso, o inferno já foi tua missão. Lembre-se que cada um é um ser diferente com suas virtudes e seus defeitos, afinal perfeito só Deus. Dedicado aos nossos amigos Policiais Militares; Civis; Federais; Rodoviários; Ferroviários; Portuários e a todos das Forças Armadas. Que Deus nos proteja... Desejo a vocês, soldados anônimos, dias de graça e paz, dias de bênçãos inenarráveis, que a presença agradável do espírito santo de Deus seja sentida por seu coração a pulsar a vida... Ótimo dia, ótima vida. Um grande abraço e até a próxima. Uma missão difícil, incompreendida, mas o Pai Todo Poderoso que tudo vê, sabe da missão de cada um e no momento exato sabe deliberar sobre o destino que cumprem sua missão com dignidade aqui na Terra.


ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ALOMERCE